Os mais de 700 kms até à capital paulista e o facto de reentrarmos naquela mega-cidade, obrigou-nos a redobrados cuidados quanto ao tempo disponível para a viagem. Daí que o despertar acontecesse às 05.45 horas, com a intenção de estarmos n estrada com o raiar do sol.
Não só o sol não raiou, como também só ligamos as motos às 07.30 horas – uma hora após o previsto.
Em parte, e apenas em parte, o motivo do atraso foi Ronny

– um motociclista paulista adepto das “Harleys” As conversas versaram um rápido conhecimento das motivações de qualquer um de nós. Passaram também por dicas para a etapa do dia seguinte (São Paulo/Curitiba), nomeadamente na atenção que Ronny considerava prioritária: a condução dos camionistas nesse troço viário, com uma longa e trágica história de sinistralidade automóvel.
E no final da conversa abordou-se o tema das companheiras dos aventureiros na forma como encaram a ausência dos maridos ou namorados e Ronny lançou a seguinte frase “nunca se troca a original pela filial”, numa clara alusão à analogia entre moto e mulher.
Com a estrada no horizonte, palmilhar kms foi objectivo.
E surpreendentemente, a nossa chegada ao hotel, situado num quarteirão da famosa Avenida Paulista – coração financeiro do Brasil, deu-se com um lapso apenas: chegando à Avenida Consolação, onde se situa ao hotel, por uma transversal, deveríamos ter virado à esquerda e fizemos o inverso.